domingo, 2 de maio de 2010




Se os teus olhos não fossem tão belos

e a noite não se tornasse tão clara,

andaria confusa, sem sentido algum

pelas ruas geladas dos sem rumo.



Noutra altura, que não esta, pássaros voavam

graciosamente sobre o teu céu de pétalas

e os Zéfiros, incansáveis, belas melodias tocavam

nas clareiras esquecidas por entre as frestas,

de onde sorrateiro fugiste.



Todo o império do Paraíso ruiu na escuridão,

pois de lá te esgueiraste para o meu coração

e desde então, toda a poética de viver Só

deixou de existir, porque a companhia de um Anjo

em mim se fez sentir…

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