quinta-feira, 18 de novembro de 2010
visões
visões captando
seduzindo percebendo
sensações e momentos
luzes pífias, frias,
neons purpurinas
vãs fantasias
deglutindo percepções
digerindo informações
correndo nas veias
o puro, aproveitável,
relegando a dejectos
o fútil, passageiro....
paralelas
água corrente
límpida cristalina
nascida nas retinas
da alma sensível
passível
de emoções
escorre nas faces
nublando sorrisos
deixando cicatrizes
alegrias
de chegadas
e amargas despedidas
ânimos de euforias
pesares e agonias
levando, deixando
sinais na vida
sulcos em leitos
secos dos rios...
alheia nas evidências
vãs de minhas fechas
no cansaço da matéria
tampouco no calendário
dando conta
voos de mais de meio tempo
mantenho as matreirices
no olhar íntimo
de uma criança buscando
nos baús esquecidos
seu enredo inacabado
conto de fadas narrado
nem imagino
e me estranho
na imagem reflectida
como quem
da peleja
rende-se exausta
e o mundo rodou
nos avanços
e retrocessos
como na roda gigante
em parque infantil
no lampadário colorido
idas e voltas
cirandas melodias
encantos desencanto da vida...
turva
águas de rio desviando
percalços, incómodos,
deixando acomodados
espinhos encravados
atenuados relevados
postergados
na macio ta
relegando para lá
resolução insoluta
cravos das estacas
estigmas incrustados
cicatrizes da existência
vida distraída,
despercebida,
lacerada em dores
aliviando em orações
penitências perpétuas
caminhos em calvário...
Subscrever:
Mensagens (Atom)