quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

nada me impedirá




Nem a tristeza, nem a desilusão.
Nem a incerteza, nem a solidão...
... Nada me impedirá de sorrir...
Nem o medo, nem a depressão.
Por mais que sofra o meu coração...
Nada me impedirá de sonhar...
Nem o desespero nem a descrença.
Muito menos o ódio ou alguma ofensa...
Nada me impedirá de viver...
Mesmo errando e aprendendo.
Tudo me será favorável...
Para que eu possa sempre evoluir.
Preservar, servir, cantar, agradecer.
Perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje.
Como se fosse o primeiro...
Como se fosse o último.
Como se fosse o único...
Quero viver o momento de agora.
Como se ainda fosse cedo.
Como se nunca fosse tarde...
Quero manter o optimismo.
Conservar o equilíbrio e fortalecer
a minha esperança...
Quero recompor as minhas energias.
Para prosperar na minha missão,
e viver alegremente todos os dias...
Quero caminhar na certeza de chegar...
Quero lutar na certeza de vencer...
Quero procurar na certeza de alcançar.
Quero saber esperar para poder realizar,
os ideais do meu ser...

Quase



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca saíram do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra a covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixem que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfiem do destino e acreditem em vocês. Gastem mais horas a realizar do que a sonhar, fazer do que planear, viver do que esperar porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

BEBE DE SONHOS




Emocionada,
Dancei ao som da brisa suave
Que foi a notícia da tua chegada...

Encantada,
Assisti o seu bailar mágico
No meu ventre ...

Serena,
Ao saber do quanto
Já é amada, querida e esperada...

Agradecida,
Pelo privilégio de ser mãe
E vivenciar o milagre da vida...

Sensibilizada,
Com a minha audácia
De, por ti, me sentir poeta.