terça-feira, 26 de janeiro de 2010

devaneios




Não encubro os meu olhos para a gravidade e necessidade que o mundo está a passar; mas eu sozinha sou como uma unica palavra num livro em branco.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O beijo traído



Era um beijo feito das carnes
Que cresceu no meio do nada
Mas passou nuvem na vida
Morreu levado no vento

Um beijo que se achava escondido
Longe das bocas feridas
Da palavra maldita
Dentro do coração “imparido”

Ainda assim o beijo secou
Antes que se pudesse correr
Ou que se tentasse esconder
Da surdez desse lábio
Dos males do mundo

E de pouco amar o beijo calou
Morreu de amargo deserto
Nas linhas que se escreveu
No fel de todas as línguas
Da boca que traiu quem amou.

Amor...o amor (Tina pode ser que te inspires)



A dor é contundente, ardente, surpreendente,
mais que a animosidade da saudade,
o prazer e a delícia do amor.
O amor é um sofrer de alma,
um masoquismo atemporal,
que entre nuvens do céu estão os raios.
Amo-te então, pela dor, na espera da felicidade...

Nenhum porquê de amar há.
O amor é desvencilhado de todos os desejos.
Ele brinca de nos matar de vida e sorri.
Tem o engodo do êxtase,
do gozo e do sonho da eternidade.
Ainda que me ligue pela dor e a saudade,
mesmo assim, amo-te pelo endosso da esperança.

Tomou-me para si, carinhosamente,
deitou-me no teu colo e acariciou-me ternamente,
maquiavelicamente, este amor dolente...
Até desfalecer-me nas agruras da tua dor.
Até regozijar-me entremeado de êxtase,
amargor, dulçor, contentamento.
Ah!... Este amor, amor, que amo, apesar da dor.