terça-feira, 14 de julho de 2009




Numa pequena casa de papel
Paredes separam o que não se vê
Portas fecham o que não se pode tocar
Janelas abrem para o exterior daquilo que não existe

Pinta-se de branco o telhado da casa
Confunde-se o tecto com o chão
Vê-se o horizonte da cozinha
Caminha-se pelos corredores
De um quarto ainda não construído

Cortinas sustentam-se ao ar
Lembranças constroem-se com o tempo
E permanecem num espaço em branco
De um pequeno papel tingindo
Como a nossa vida

2 comentários:

mario disse...

E assim se constroi uma vida!

tina disse...

Com este poema escreveste tudo o que me vai na alma