segunda-feira, 21 de junho de 2010

As cores dos meus dias




Nevoeiros rosa grená, visões nocturnas transparentes.
Cores diversas, músicas aleatórias sem definições.
Tom sobre tom invadem a minha capacidade de pensar.
Hei-de pensar em algo peculiar para o meu dia a dia.

Dias conturbados sem opções! Vejo cores nas ruas.
Labirintos extensos provocam-me! Beco sem saída.
Visita-me ó agonia, deixai-me a mercê do ocaso.
Que venha o inusitado, que venha sem passado.

Coração azul independente navega solto por aí
Viajando e indagando horizontes perdidos e cedidos.
Frequência amarela em forma de círculos espirais.
Tudo muda de cor naturalmente como as ondas do mar.

Acordo no meio da noite a respirar a tua presença vazia.
Ausência inexplicável de sons! Imagino-te ó dor voraz.
Riscos coloridos se juntam e formam imagens inexistentes.
Torno a suspender as horas, pauso no tempo preciso do dia.

Estou entre o vão da realidade e o meu universo estático.
La fora a vida pulsa, pulsa como meu pulso pulsa – Lilás.
Eu faço a pauta da vida e solto o som da melodia presa.
Fixação óbvia por uma personagem metódica e inconstante.

Uso tons avermelhados para soltar as palavras do meu interior.
Pronuncio discretamente os meus desejos através dos meus lábios.
Mando-te músicas como recados simulados à minha vontade.
Espero a tua decisão sem sair desse mundo irreal! Espero-te.

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