terça-feira, 14 de outubro de 2008
Faz um arco-íris
Quando dentro de ti e à tua volta vires
Enegrecer-se o mundo, dá-te pressa
Em fazer, por ti mesmo, um arco-íris,
Sem esperar que outro te apareça.
Nada de pasmos, a especular o céu,
A espiar se o mau tempo passa ou não.
Fabrica um arco-íris muito teu,
E dissipar-se-á.
Aferra-te a um belo pensamento,
Recolhido de um poema ou oração.
Mastiga-o bem, à laia de alimento,
E dá tempo a fazer-lhe a digestão.
Findo seja o rigoroso expurgo
De toda a idéia mal sã, envenenada,
Ver-te-ás promovido a taumaturgo,
Mudando a noite em esplêndida alvorada.
Constrói um arco-irís cheio de beleza,
Policroma-o de tons e matizes joviais,
Sob esse talismã a vil tristeza
Há-de deixar-te para nunca mais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário